Histórico mostra que a altitude é o adversário



Classificada para a Copa do Mundo de 2018 e na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas com 37 pontos, a Seleção Brasileira começa a se despedir da competição nesta quinta-feira (05). O confronto será com a Bolívia no Estádio Hernando Siles, na cidade de La Paz, a 3.660 metros do nível do mar. Historicamente, enfrentar a Bolívia nesse ambiente é uma pedra no sapato para a Amarelinha. Vai exigir da equipe do técnico Tite muito mais do que o consistente futebol que a levou para mais mais uma Copa. A equipe boliviana já derrotou o Brasil cinco vezes no retrospecto do confronto, que começou na Copa do Mundo de 1930. Quatro desses revezes foram no local da partida de hoje.
O duelo desta quinta, válido pela penúltima rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo, será a 29º vez em que Brasil e Bolívia se encaram. Os números mostram ampla vantagem brasileira, com 20 vitórias, três empates e cinco derrotas. Em Eliminatórias, a última vitoria brasileira jogando na Bolívia foi em 1985, quando a Seleção venceu os donos da casa por 2 x 0, em Santa Cruz de La Sierra. 
Em 1993, veio primeira derrota brasileira em Eliminatórias. O atual treinador de goleiros da Seleção, Cláudio Taffarel, encarou o fantasma da altitude da cidade boliviana de La Paz pela primeira vez defendendo a meta brasileira. Naquele dia, o goleiro que no ano seguinte ergueria o troféu de campeão do mundo, sentiu na pele os efeitos de se jogar nas alturas. A velocidade da bola traiu Taffarel, que havia defendido um pênalti enquanto o jogo ainda estava 0 a 0. 
De lá para cá, foram disputados mais três jogos por Eliminatórias em La Paz: duas vitórias bolivianas e um empate. A altitude é o maior adversário da Seleção. Do grupo de 23 convocados, 14 já viveram a experiência de jogar na alturas, sendo dez deles titulares no duelo desta quinta. Apenas o lateral esquerdo Alex Sandro nunca jogou anteriormente na altitude. 
A comissão técnica da Seleção Brasileira montou um esquema de logística e de estrutura médica para dar suporte aos atletas na altitude da capital boliviana. Além de só chegar à cidade horas antes da partida, para diminuir os efeitos, a delegação terá 11 cilindros de oxigênio na bagagem. No intervalo da partida, a ideia é que os atletas façam oxigenação durante cinco minutos para facilitar a recuperação para o segundo tempo.
Na terça-feira (10), a Seleção Brasileira recebe o Chile no Allianz Parque e encerra sua participação nas Eliminatórias para a Copa da Rússia de 2018, às 20h30. Líder com 37 pontos, o Brasil não pode mais ser alcançado por nenhum outro adversário.
CBF

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Histórico mostra que a altitude é o adversário BLOG DO CARLOS DEHON Rating: 5 quinta-feira, 5 de outubro de 2017

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