Camilo volta ao Crato após um mês para reunir aliados e firmar apoio à candidaturas



21 DE MAIO, SEGUNDA-FEIRA
Após um mês sem cumprir agenda oficial no município, Camilo Santana (PT) volta ao Crato nesta segunda, 20, e deverá reunir seu grupo político durante inauguração do Shopping Popular, o antigo camelódromo. 
A última vez que o governador esteve em terras cratenses foi durante a inauguração da Areninha, no dia 20 de abril. Após pouco mais de 30 dias, a vinda do petista ao Cariri deverá atrair diversas lideranças da base do governo, tornar mais sólidas as alianças para eleger deputados, e, como tem sido, alavancar questões sobre a aproximação com Eunício Oliveira (MDB). 
A tirar pelo modo como Camilo sobe aos palanques, a aliança entre o partido que "sofreu o golpe" e o que "golpeou" deverá sim se firmar nas eleições de outubro. Camilo e Eunício juntos desagrada Ciro, que vê no pleito deste ano talvez a última chance de chegar ao Planalto, após duas tentativas. 
No Cariri,o PDT, coligado ao Partido dos Trabalhadores, vive clima de eleições em Santana do Cariri. Vicente Brilhante, na linha de sucessão da prefeita cassada Danieli Machado, reuniu boa parte do eleitorado no município de 17.500 habitantes durante as passeatas da última semana. 
É o mesmo partido de André Figueiredo, que aparenta não se importar em permanecer no grupo de Danieli, que perdeu o mandato por unanimidade no TRE. Possível pré-candidato à reeleição na Câmara, André deverá ser mais um ao lado de Camilo nesta segunda-feira. 
Ainda buscando um apoio maior, e alinhando as relações na região, o deputado federal José Nobre Guimarães (PT) também deverá aparecer no Crato durante a inauguração. Na cidade, Guimarães aposta no vereador Pedro Lobo, seu partidário, na corrida à Assembleia. Sem muito prestígio, o deputado ainda patina pra se mostrar como força na região. 
O governador no Cariri sempre demanda atenção. Por ser daqui e fazer da região um dos seus principais colégios, Camilo, muito mais do que se preocupar com uma potencial aproximação da oposição, se atenta a firmar os apoios (garantido, por exemplo a Fernando Santana como estadual), para não causar ciúme político aos aliados.
Por Felipe Azevedo/ Agência Miséria
Miséria.com.br

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